Meditação Transcendental e Saúde
A Meditação Transcendental é uma prática que tem ganhado cada vez mais destaque no mundo da saúde e do bem-estar. Trata-se de uma técnica simples e natural que permite que a mente se acalme e entre em um estado de profundo relaxamento. E, além dos benefícios para a saúde mental, a Meditação Transcendental também pode trazer inúmeros benefícios para a saúde física.
Sistema Cardiovascular
Redução da pressão arterial em pacientes hipertensos
A prática da Meditação Transcendental tem sido associada à redução da pressão arterial em pacientes hipertensos. Um estudo publicado na revista científica American Journal of Hypertension mostrou que, em um grupo de pacientes hipertensos, aqueles que praticaram a MT por três meses tiveram uma redução significativa da pressão arterial em comparação com aqueles que não praticaram.
Acredita-se que a MT possa ajudar a reduzir a ativação do sistema nervoso simpático, que é responsável pelo aumento da pressão arterial em situações de estresse (Brook et al., 2013).
Diminuição do risco de doenças cardiovasculares
A prática regular da Meditação Transcendental pode reduzir o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como doença cardíaca coronariana e acidente vascular cerebral. Um estudo publicado na revista científica Circulation mostrou que, em um grupo de pacientes com doença cardíaca coronariana, aqueles que praticaram a MT tiveram uma redução significativa da taxa de eventos cardiovasculares em comparação com aqueles que não praticaram. Acredita-se que a MT possa ajudar a reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, que são fatores de risco para doenças cardiovasculares (Schneider et al., 2005).
Melhora na função endotelial
A função endotelial é importante para a saúde cardiovascular, pois o endotélio é responsável por regular a dilatação e a contração dos vasos sanguíneos. Estudos sugerem que a prática da Meditação Transcendental pode melhorar a função endotelial. Em um estudo publicado na revista científica Journal of Hypertension, os participantes que praticaram a MT tiveram uma melhora significativa na função endotelial em comparação com o grupo controle. Acredita-se que a MT possa ajudar a reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, que prejudicam a função endotelial (Khazaei et al., 2019).
Redução do estresse oxidativo
O estresse oxidativo é um fator de risco para doenças cardiovasculares, pois pode danificar as células do coração e dos vasos sanguíneos. Estudos sugerem que a prática da Meditação Transcendental pode reduzir o estresse oxidativo. Um estudo publicado na revista científica Excli Journal mostrou que a prática da MT reduziu significativamente os níveis de biomarcadores de estresse oxidativo em pacientes com diabetes tipo 2. Acredita-se que a MT possa ajudar a reduzir a produção de radicais livres, que são responsáveis pelo estresse oxidativo (Bujatti & Riederer, 1976).
Melhora na função do sistema nervoso autônomo
O sistema nervoso autônomo é responsável por controlar a frequência cardíaca e a pressão arterial. Estudos sugerem que a prática da Meditação Transcendental pode melhorar a função do sistema nervoso autônomo. Um estudo publicado na revista científica Journal of Alternative and Complementary Medicine mostrou que, em um grupo de pacientes com hipertensão, a prática da MT levou a uma redução significativa da ativação do sistema nervoso simpático e a um aumento da atividade do sistema nervoso parassimpático, que é responsável pela redução da frequência cardíaca e da pressão arterial (Nidich et al., 2009).
Redução da inflamação
A inflamação crônica é um fator de risco para doenças cardiovasculares, pois pode danificar as células do coração e dos vasos sanguíneos. Estudos sugerem que a prática da Meditação Transcendental pode reduzir a inflamação. Um estudo publicado na revista científica Journal of Alternative and Complementary Medicine mostrou que, em um grupo de pacientes com síndrome metabólica, a prática da MT levou a uma redução significativa dos níveis de biomarcadores de inflamação em comparação com um grupo controle (Paul-Labrador et al., 2006).
Redução do risco de eventos cardiovasculares
Vários estudos sugerem que a prática da Meditação Transcendental pode reduzir o risco de eventos cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames. Um estudo publicado na revista científica Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes mostrou que a prática da MT levou a uma redução significativa no risco de eventos cardiovasculares em um grupo de pacientes com doença arterial coronariana em comparação com um grupo controle (Nidich et al., 2012).
Aumento da expectativa de vida
Existem evidências científicas que sugerem que a prática regular da Meditação Transcendental (MT) pode estar relacionada ao aumento da expectativa de vida.
Uma pesquisa publicada na revista científica Annals of the New York Academy of Sciences em 2004, mostrou que a prática regular da Meditação Transcendental pode reduzir a mortalidade em pessoas com mais de 40 anos de idade. O estudo acompanhou mais de 2000 indivíduos que praticavam MT e um grupo de controle, por um período de 18 anos. Os resultados mostraram que a prática da MT foi associada a uma redução de 23% na mortalidade por todas as causas e a uma redução de 30% na mortalidade relacionada a doenças cardiovasculares.
Sistema Endócrino
MT e a diminuição dos níveis de cortisol no sangue
A MT vem sendo associada a uma diminuição nos níveis de cortisol no sangue. O cortisol é um hormônio esteróide produzido pelas glândulas adrenais em resposta ao estresse. Embora o cortisol seja importante para o funcionamento normal do corpo, o excesso de cortisol pode levar a uma variedade de problemas de saúde, incluindo ansiedade, depressão e doenças cardíacas.
Um estudo publicado na revista “Psychoneuroendocrinology” em 2004 examinou os efeitos da meditação transcendental nos níveis de cortisol em um grupo de jovens adultos. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo de meditação e um grupo controle. O grupo de meditação praticou a técnica de meditação transcendental por 20 minutos duas vezes ao dia, enquanto o grupo controle não recebeu nenhum treinamento em meditação.
Outro estudo, publicado na revista “Journal of Alternative and Complementary Medicine” em 2015, examinou os efeitos da meditação transcendental nos níveis de cortisol em pacientes com hipertensão. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo de meditação e um grupo controle. O grupo de meditação praticou a técnica de meditação transcendental por 20 minutos duas vezes ao dia, enquanto o grupo controle não recebeu nenhum tratamento específico.
Após alguns poucos meses de prática de meditação transcendental, os participantes do grupo de meditação mostraram uma diminuição significativa nos níveis de cortisol em comparação com o grupo controle. Além disso, os participantes do grupo de meditação também mostraram uma diminuição significativa na pressão arterial em comparação com o grupo controle.
MT e o aumento dos níveis de serotonina
A serotonina é um neurotransmissor associado ao bem-estar, humor e regulação do sono, entre outras funções. Vários estudos sugerem que a prática regular da meditação transcendental pode aumentar a produção de serotonina no cérebro, o que pode contribuir para seus efeitos positivos na saúde mental.
Um estudo publicado na revista “Psychosomatic Medicine” em 2003 examinou os efeitos da meditação transcendental na produção de serotonina em um grupo de adultos saudáveis. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo de meditação e um grupo controle. O grupo de meditação praticou a técnica de meditação transcendental por 30 minutos duas vezes ao dia, enquanto o grupo controle não recebeu nenhum treinamento em meditação.
Após oito semanas de prática de meditação transcendental, os participantes do grupo de meditação mostraram um aumento significativo na produção de serotonina em comparação com o grupo controle. Além disso, os participantes do grupo de meditação também relataram uma diminuição significativa nos sintomas de ansiedade e depressão em comparação com o grupo controle.
Outro estudo, publicado na revista “Psychoneuroendocrinology” em 2009, examinou os efeitos da meditação transcendental nos níveis de serotonina em pacientes com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo de meditação e um grupo controle. O grupo de meditação praticou a técnica de meditação transcendental por 20 minutos duas vezes ao dia, enquanto o grupo controle não recebeu nenhum tratamento específico.
Após oito semanas de prática de meditação transcendental, os participantes do grupo de meditação mostraram um aumento significativo na produção de serotonina em comparação com o grupo controle. Além disso, os participantes do grupo de meditação também relataram uma diminuição significativa nos sintomas de TEPT em comparação com o grupo controle.
Esses estudos sugerem que a prática regular da MT pode aumentar a produção de serotonina no cérebro, o que pode ter benefícios significativos para a saúde mental.
MT e a glândula tireoide
A tireoide é uma glândula localizada no pescoço responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo. Vários estudos sugerem que a prática regular da meditação transcendental pode ajudar a melhorar a função da tireoide em indivíduos com distúrbios tireoidianos.
Um estudo publicado na revista “Journal of Ayurveda and Integrative Medicine” em 2018 examinou os efeitos da meditação transcendental na função tireoidiana em indivíduos saudáveis. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo de meditação e um grupo controle. O grupo de meditação praticou a técnica de meditação transcendental por 20 minutos duas vezes ao dia, enquanto o grupo controle não recebeu nenhum treinamento em meditação.
Após três meses de prática de meditação transcendental, os participantes do grupo de meditação mostraram uma melhora significativa na função tireoidiana em comparação com o grupo controle. Os pesquisadores observaram que a prática regular da meditação transcendental pode ajudar a regular a produção de hormônios da tireoide e melhorar a função tireoidiana em indivíduos saudáveis.
Outro estudo, publicado na revista “Thyroid Research” em 2015, examinou os efeitos da meditação transcendental em pacientes com hipotireoidismo subclínico, uma condição em que a glândula tireoide produz menos hormônios do que o necessário. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo de meditação e um grupo controle. O grupo de meditação praticou a técnica de meditação transcendental por 20 minutos duas vezes ao dia, enquanto o grupo controle não recebeu nenhum tratamento específico.
Após seis meses de prática de meditação transcendental, os participantes do grupo de meditação mostraram uma melhora significativa na função tireoidiana em comparação com o grupo controle. Além disso, os participantes do grupo de meditação também relataram uma melhora significativa em sintomas como fadiga e depressão em comparação com o grupo controle.